quinta-feira, 28 de junho de 2007

Melancias do mundo: UNAM-SE!


Os seres Melancia apresentam comportamento estranho. Estão felizes e de uma hora pra outra (ou até quem sabe de um segundo para outro) estão tristes. Apresentam modificações de humor constantes e nem sempre sabem de onde vêm tais alterações. Levam um tempo até se acostumarem com a idéia de ter dentro de si um outro ser totalmente estranho a eles mesmos. Este ser nem sempre vem para o bem, às vezes só serve para confundir ainda mais a cabeçinha do ser melancia confuso, que acaba levando seus ‘dois seres interiores’ a uma guerra, uma eterna contradição ocorrendo bem ali, ao alcance das mãos de quem a protagoniza, mas impossível de ser parada. Mas para os seres Melancia é muito mais fácil se alegrar com qualquer coisa. Vem deles uma felicidade completa e estranha. Eles não sabem de onde ela vem, mas com certeza há de vir deles.Então é isso.


Que comece a revolução.


quinta-feira, 7 de junho de 2007

O Terceiro Tira - Flann O'Brien

Lá nas profundezas da terra para onde iam os homens mortos eu logo iria e quem sabe sairia de lá novamente incólume, livre e isento de todas as perplexidades humanas. Talvez eu me tornasse a friagem de um vento de abril, uma parte essencial de algum rio indômito ou ficasse pessoalmente envolvido com a imutável perfeição de alguma montanha eminente que se fizera memorável por ocupar eternamente uma posição no tranqüilo azul distante. Ou talvez uma coisa menor como o movimento na grama num insuportável dia ensolarado e sem vento, alguma criatura oculta tratando dos seus afazeres – bem que eu poderia ser responsável por isso ou por alguma parte importante disso. Ou até aquelas inexplicáveis diferenças que tornam uma tarde distinguível da sua própria manhã, os cheiros, sons e visões das completas e amadurecidas essências do dia, estas poderiam não estar destituídas da minha influência e da minha permanente presença. Ou talvez eu seria uma influência que prevalece na água, alguma coisa marinha bem distante, alguma determinada combinação de sol, luz e água desconhecida e nunca vista, algo inteiramente fora do comum. Existem no vasto mundo turbilhões de existências fluidas e vaporosas que imperam no seu próprio tempo intransitório, despercebidas e inexplicadas, válidas somente em seu incompreensível mistério essencial, justificadas apenas em sua cega e irracional incomensurabilidade, inexpugnáveis em sua real abstração: da qualidade intrínseca de uma tal coisa bem que eu poderia ser no meu devido tempo o âmago quintessencial. Eu poderia ser parte de uma praia deserta ou a agonia do mar quando este irrompe sobre ela em desespero.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

é que tudo acaba onde começou.

se tudo acaba onde começou é preciso ter um inicio. ENTÃO! cá estou eu, em uma madrugada (im)produtiva fazendo um novo blog para tentar colocar o que eu penso, sinto e quero que os outros saibam.
bem vindos ao meu mais novo mundinho virtual. (mais um de tantos)